Eu e minhas leituras
Por Maria Monteiro @biblioteca_monteiro
Sempre gostei de ler, o que não quer dizer que a leitura é um hábito regular desde sempre para mim. Comecei pequena com gibis e livros infantis que tinha em casa. Crescendo, comecei a ler os livros que ficavam na biblioteca da minha avó, que era professora.
Aos 10 anos, quando saí da escola, foi quando parti para livros mais desafiadores e interessantes.
Quando começamos o Homeschooling, meus pais estabeleceram a leitura como uma constante: eu e meus irmãos estaríamos sempre lendo algum livro. Coube a meus pais escolher os livros que eu iria ler, o que não representou dificuldade para eu me adaptar.
Eles buscavam mesclar clássicos com livros mais contemporâneos, fábulas com aventuras, nacionais com estrangeiros, de forma que eu pude identificar nessas diferenças aquilo que agradava.
Quanto mais eu lia, mais eu gostava. Quanto mais eu gostava, mais livros eu buscava.
A paixão pela leitura, no entanto, veio quando li a série Percy Jackson, uma ficção sobre um adolescente (como eu) que descobre que é filho de um dos deuses olimpianos. Essa série foi um divisor de águas pra mim, um livro que me empolgava. Eu li por prazer, por pura diversão. Não conseguia parar. Eu precisava saber o que aconteceria na próxima linha, no próximo parágrafo, no capítulo seguinte, no próximo livro da série.
Desde então, além dos clássicos (amo), e dos livros que fazem parte dos meus estudos, eu li também as séries Harry Potter, Jogos Vorazes, Rangers e Seleção.
Hoje escolho o que leio na nossa biblioteca, além dos livros que fazem parte do nosso currículo de homeschooling (Classical Conversations), mas eu não encaro isso como uma obrigação. O hábito de ler que eu desenvolvi lendo esses livros fez com que eu aprendesse a amar ainda mais os clássicos, me ajudou a fazer comparações, estabelecer padrões e referências.
Oferecer para seu filho livros contemporâneos (best sellers, livros “da moda”), é uma boa e acessível porta de entrada para o mundo da leitura. Uma vez criado o hábito, é mais fácil partir para outros livros, como os clássicos, que a princípio parecem difíceis e assustadores para os adolescentes.
